Frostpunk 2, sequência direta do aclamado game de sobrevivência da 11 bit Studios, amplia os desafios do primeiro jogo e adiciona camadas políticas e morais que vão colocar à prova sua liderança em um mundo congelado, impiedoso e cheio de conflitos.
Se você achava que já tinha enfrentado o pior, prepare-se: a verdadeira luta começa quando a esperança acaba.
Uma nova era após o apocalipse: o que é Frostpunk 2?
Lançado em 2025, Frostpunk 2 se passa alguns anos após os eventos do primeiro jogo. O líder responsável por manter a humanidade viva durante a era glacial morreu, e agora é você quem assume o comando de uma sociedade fragilizada, dividida e desesperada por direção.
O frio não foi embora — e, agora, você não luta apenas contra a natureza, mas contra os próprios seres humanos.
O que muda em Frostpunk 2?
Gestão por distritos: mais estratégia, menos microgerenciamento
Diferente do primeiro título, onde cada estrutura era construída manualmente, agora você gerencia distritos especializados:
- Indústria: pode focar em bens de luxo, aumentando a satisfação dos cidadãos.
- Agricultura: permite o uso de químicos para elevar a produção, mas com o risco de adoecer a população.
- Habitação e infraestrutura: evoluem com pesquisas, criando sinergias únicas.
Essa abordagem torna a administração mais macro e estratégica, exigindo escolhas difíceis e com consequências reais.
Quebrando o gelo — literalmente
Antes de expandir sua cidade, você precisa derreter o gelo ao redor. E isso leva tempo. Mesmo após conquistar novos territórios, os recursos são escassos, e as decisões precisam ser tomadas com muito cuidado.
Aqui, Frostpunk 2 vira um verdadeiro jogo de xadrez contra o tempo — onde cada movimento errado pode ser fatal.
Facções, política e escolhas morais
Um dos grandes diferenciais da sequência é o sistema de facções. Como o novo líder ainda não tem a confiança de todos, diferentes grupos surgem com suas próprias agendas.
Exemplo real do jogo:
Você precisará decidir se crianças devem ser colocadas para trabalhar (mais produtividade, mais acidentes) ou se vão estudar (melhora pesquisas, reduz força de trabalho). E nenhuma decisão agrada a todos.
Desagrade uma facção e ela pode causar revoltas. Por isso, você terá que:
- Votar políticas públicas constantemente
- Fazer promessas e concessões
- Usar táticas políticas como “subornos” ou decretos unilaterais
Mas cuidado: use esses truques com frequência e sua popularidade pode desabar.
Um mundo além da neve
A exploração também evoluiu. Agora, além de buscar recursos, você pode descobrir novas comunidades, estabelecer rotas de comércio e gerenciar múltiplas cidades ao mesmo tempo.
Essa expansão amplia a complexidade e transforma o game quase em um simulador geopolítico, onde cada território tem suas próprias riquezas, necessidades e conflitos.
Problemas narrativos e técnicos
Embora a narrativa seja mais rica, ela nem sempre entrega bem suas reviravoltas. Algumas armadilhas da história aparecem de forma repentina, sem preparo, o que pode forçar o jogador a refazer horas de progresso.
Além disso, a versão testada ainda possui:
- Bugs de localização (o idioma reinicia para inglês a cada sessão)
- Indicadores quebrados ([AMOUNT] e [RESOURCE] não traduzidos)
- Interface incompleta e confusa em alguns menus
Apesar disso, o desempenho técnico é sólido — sem quedas de FPS, nem uso exagerado de CPU/GPU.
Frostpunk 2 vale a pena?
Se você curtiu o primeiro jogo, vai encontrar em Frostpunk 2 uma evolução sólida, com foco maior em dilemas políticos, decisões morais e gestão em larga escala.
Mesmo com alguns tropeços narrativos e técnicos, o jogo consegue se manter instigante e desafiador. Ele é mais do que um city builder — é um RPG de sobrevivência onde suas escolhas realmente moldam o futuro.
Frostpunk 2 não é um jogo para quem busca conforto. É para quem gosta de ser desafiado, de tomar decisões difíceis e de viver as consequências. Com uma atmosfera densa e temas relevantes, ele mostra que, mesmo depois do fim do mundo, o pior inimigo ainda pode ser o próprio ser humano.